Urbi et Orbi — à Cidade e ao Campo
Fui criado na cidade. A minha mulher também. Agora vivemos numa pequena aldeia. Nunca notei isso antes, mas há uma diferença impressionante entre as pessoas que vivem na cidade e aquelas nas zonas rurais.
Na cidade existe mais indiferença entre as pessoas. Ou seja, as pessoas não costumam interferir nos assuntos das outras — pelo menos, não sem ser solicitadas. Isso dá uma certa liberdade às pessoas, a liberdade da cidade!
Nas zonas rurais não existe essa indiferença. Aliás, não há nenhum tom de cinzento – ou é preto, ou é branco! Ou é oito, ou é oitenta! Ou é tudo, ou é nada! Ou é amor, ou é ódio! Ou é mel, ou é fel! Ou é pudim, ou é merda! 😊
Ou seja, quem não quer ser abraçado até a morte (tendo de responder às perguntas parvas, tais como ‘Aonde é que vão?’ e ‘O quê andas a fazer?’) tem alternativa, o ódio 😉
A escolha é fácil, não é?
O que ainda não percebo, é porque esses camponeses põem tanta energia nesse ódio. Ainda não perceberam que nos estamos nas tintas com isso? Porque não arranjam uma vida? Não têm coisas para fazer? Parece que o ódio cego é a vida deles.
Será que um programa de intercâmbio é uma ideia? Mais pessoas da cidade para o campo, para desenvolver a liberdade rural, e alguns camponeses para a cidade, para ser reeducados? 😊
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