O pior inimigo da mulher

Violência familiar
Já no primeiro mês do ano passado a violência familiar matou 10 indivíduos em Portugal. No primeiro mês deste ano “só” dois – pelo menos, se se pode confiar nas estatísticas. Menos mal! Embora sejam duas vítimas mortais demais, claro. Pergunte a qualquer mulher o nome de uma das vítimas, e verás que não sabe. Mas faça a pergunta “A senhora sabe por acaso quem era Luís Grilo?” e ninguém vai dizer que não.
Isso mostra – na minha opinião! – até que nível as mulheres são machistas.

Machismo feminino
Se diz que a educação do homem ibérico tem muito a ver com o fenómeno de violência familiar. Mas penso que há mais do que isto. Muitas mulheres, nomeadamente, fazem-me lembrar caranguejos dentro de um balde. Quando um deles quer escapar, os outros o puxam de volta. As mulheres também têm um saco de truques para derrubar qualquer que tem ambições um pouco mais elevadas do que apanhar (e ficar com) um marido. Não ficaria surpreendido se esse sistema bem elaborado tivesse estado na base dos processos de bruxaria.

Inquisição
Imagino que muitas mulheres acabaram na fogueira, por que não ficavam em linha com o conjunto tácito de regras pelas quais a grande maioria do seu género vive. Muitas mulheres odeiam mulheres, especialmente as mulheres apóstatas. Por que estas últimas chamam logo a atenção dos maridos das primeiras – involuntariamente ou não.
Mais tarde a fogueira foi substituída por ex-comunicação, e nos tempos que correm por exclusão social, mas o sistema ficou o mesmo. Os caranguejos mais fracos desistem logo das suas ambições. Apenas os valentes indivíduos (aqueles que estão-se nas tintas com regras tácitas e que cagam para os outros) conseguem sair do balde.

Educação
Quanto à violência familiar denúncias e detenções aumentaram no ano passado. Boa! Mas não estamos a secar o chão com a torneira aberta? Não é melhor que combatermos o problema na fonte? Não é melhor que ensinarmos a nossa prole logo que qualquer indivíduo, feminino ou masculino, merece ter as mesmas possibilidades e os mesmos direitos que qualquer outro? E que não esquecermos ao mesmo tempo que os filhos quase nunca fazem o que nós dizemos, mas quase sempre fazem o que nós fazemos?

[E obrigado, claro, por todos os parabéns que recebi hoje 🙂 Gostei imenso!]

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1 reactie

  1. M.J. de Haan (Jappie) schreef:

    … gevangenen onder in een in een emmer. In plaats van samen te werken … word uiteindelijk degene met de meeste vitaliteit beschouwd als verraadster.
    … from vitalism to mechanism …