Aldrabice?
Caro Sr. Dr. P,
O anúncio prometeu ‘GRATIS: Avaliação de Aparelho Auditivo.’
Podemos concordar que o único avaliador dum aparelho pode ser o cliente? Não pode ser o vendedor, pois não? Seria como dizer ao empregado de mesa num restaurante: ‘Coma tudo o que pedi, depois diga-me se foi bom e traga-me a conta!’
Repare, nâo sou tão ingénuo a ponto de pensar que nunca vai chegar o dia que tenho que decidir se quero ficar com o aparelho que estou a avaliar, ou não. Caso sim, tenho que pagar, claro.
Era mentira, afinal: não era nada ‘GRATIS: Avaliação de Aparelho Auditivo’, mas sim uma avaliação de audição gratuita. Ou seja, fizemos uma viagem para fazer alguma coisa que já foi feito gratuitamente há dois meses por Minisom – o que aliás já tinha mencionado no contacto telefónico com a sua colega. E eu tinha que decidir logo se quis ficar com o aparelho ou não – ou seja, nenhum prazo de avaliação.
Creio que ninguém vai pagar quase dez mil euros para um par de aparelhos auditivos, nem com um desconto de cinquenta por cento que o senhor doutor me ofereceu, incluindo um carregador gratuito e a possibilidade de pagar em 48 mensalidades… sem juros. Em Trás-os-Montes se calhar, mas temo que a gente no Alentejo é mais pé no chão.
Estou curioso…
O senhor doutor explicou-me que só com o tempo ficará aparente se o aparelho melhora a audição ou não. Depende se os cílios no canal auditivo são apenas adormecidos ou mesmo mortos.
Só por curiosidade, o que acontece com as mensalidades já pagas (e com as que restam para ser pagas) se ao longo do tempo fica aparente que o aparelho não funciona como devia, porque os cílios estão mortos?
Com os melhores cumprimentos,
Jaap Slager
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